Reflexões e breve histórico sobre estudos e ações sobre Geodiversidade e Conservação da Memória da Terra no Brasil
Resumo
Em 1991 fomos brindados com o belíssimo texto da Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra. De lá para cá, acompanhando uma emergente discussão mundial, podemos perceber, claramente, que houve também um progressivo aumento no Brasil dos estudos e ações relacionados à geodiversidade e a conservação da memória da Terra. Este artigo busca percorrer um pouco da história e sobre o avanço obtido destes temas no Brasil. Foram utilizadas 150 referências bibliográficas e o texto foi dividido em nove itens (ou atos) cada um relacionado a um dos artigos da Declaração. Inicialmente foram identificados alguns dos pioneiros brasileiros, autores, projetos, publicações e eventos que abriram caminho para o cenário que hoje descortinamos. No item sobre geodiversidade buscou-se mostrar questões metodológicas de mapeamento quantitativo e qualitativo, relacionando-as a projetos. Sobre patrimônio geológico / geopatrimônio e seu estudo, foram incluídas algumas tipologias que se destacam, como os sítios paleontológicos e geomorfológicos; além dos museus e coleções; monumentos pétreos e inventários. No item sobre geocomunicação e geoturismo foram abordados os conceitos relacionados às Geociências e o público, incluindo geoturismo em áreas naturais e urbanas, e projetos de educação não formal. A abordagem da sustentabilidade foi o ponto de partida para a análise das iniciativas relacionadas aos geoparques e geoconservação. Este “ato” foi dedicado aos avanços institucionais alcançados por parte das entidades representativas, sejam técnico-científicas ou profissionais, e empresas privadas com finalidade especifica de geoconservação e geoturismo. O tema das políticas públicas buscou mostrar como as instituições brasileiras, governamentais e acadêmicas vem desempenhando suas atribuições para a pesquisa, promoção e conservação da geodiversidade com valor patrimonial. O último item fecha a discussão apontando a necessidade de incorporação de conceitos de geoética e geoconservação na formação dos geocientistas e da importância da educação para seguirmos avançando.
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